A Associação das Rendeiras de Alcaçuz (distrito de Nísia Floresta) é um exemplo dos resultados do trabalho que o Governo do Estado vem desenvolvendo para o artesanato potiguar. Fundada em 2000, a entidade contava com 30 artesãos da tipologia renda de bilro, mas ao longo dos anos, sem apoio, foi perdendo associadas até que em 2014 restavam apenas oito rendeiras. Atualmente, com o incentivo do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas-RN), a Associação conta com 62 artesãos, que já levaram seu trabalho para feiras fora do estado.
Segundo o presidente da entidade, Cleison Aleixo Freire (Kekel), os associados desistiam do seu ofício por falta de incentivo e de apoio para o escoamento da produção. “O distrito tem acesso difícil para quem quer ir lá comprar e não tínhamos apoio para expor nosso trabalho em feiras, por exemplo. Então teve rendeira que até queimou a almofada (artefato para fazer a renda de bilro), a verdade é essa”, conta.
No ano passado, no entanto, com o incentivo e apoio à participação em feiras por meio do Programa Estadual do Artesanato (Proart), da Sethas-RN, o cenário mudou. Para se ter uma ideia, somando-se os anos de 2010 a 2014, as rendeiras faturaram R$ 17 mil com a venda dos seus produtos. Somente em 2015, esse valor subiu para R$ 24 mil. “Hoje é difícil chegar numa casa em Alcaçuz e não ter uma ou duas rendeiras trabalhando”, diz Kekel. “Teremos muito o que comemorar em 19 de março, Dia do Artesão”.
As artesãs do distrito de Alcaçuz produzem artigos de cama, mesa e vestuário de renda de bilro. Desde o ano passado já participaram da Feira Internacional de Artesanato (Fiart) e de exposições em outros estados como Minas Gerais. Segundo a coordenadora do Proart, Salmira Torres, no ano passado, a Sethas-RN apoiou cerca de 150 feiras que beneficiaram mais de mil artesãos.
Outras informações:
Assessoria de Imprensa da Sethas/RN: 3232.1816
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