Ao longo da campanha eleitoral, foi bastante difundido nas redes sociais que um grupo de pessoas, inclusive apoiado por alguns integrantes do PT de Santa Cruz, tentou boicotar comerciantes que declarassem apoio ao pré-candidato Jair Bolsonaro.
Uma das comerciantes que teve seu nome bastante comentado foi Cleide Araújo, pois ela se posicionou contrário ao boicote nas redes sociais.
A empresária, em um áudio nitidamente emocionado, afirmou ser uma pessoa de bem e elencou qualidades do candidato Jair Bolsonaro e cita que não entende porque o PT agi com maldade com as pessoas.
No mesmo dia, o diretório municipal do PT emitiu nota afirmando não ser de responsabilidade do partido o boicote, mas a ação foi claramente apoiada por alguns integrantes da legenda, inclusive com comentários em redes sociais.
Após o assunto ter acalmado, o PT local processou a empresária alegando que a fala dela foi característica de ação de calúnia e difamação contra a legenda e pede um ressarcimento de R$ 20 mil por danos morais, além de uma postagem dela em redes sociais se desculpando.
A ação do partido soa, mais uma vez, como uma tentativa de calar alguém pela sua posição política, como no caso do boicote, que se tentou fazer porque alguns empresários declararam voto a um candidato. Isso tudo acontecendo em plena democracia brasileira.
São inúmeras as pessoas que fazem comentários contrários a partidos políticos, a candidatos, e entrar com uma ação como está é querer calar a voz da população em seu direito pleno.
Mesmo que o partido tenha se posicionado contrário ao boicote, integrantes agiram a favor, o que fez a empresária pensar que o partido estaria à frente da ação, claramente não justificando um processo que pede um valor exorbitante como este por difamação contra um partido político.
Nós sustentamos as legendas políticas, e agora, se falarmos mal, vamos ter que pagar indenização a elas? Não podemos deixar que isso aconteça.
Fonte:ÉDIPO NATAN
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