Dayana foi morta a tiros na tarde desta segunda-feira (11) em frente ao estabelecimento comercial da sua mãe, no conjunto Parque das Dunas, na Zona Norte de Natal. De acordo com a polícia, Dayana estava dentro do imóvel e teria sido chamada por um homem para a rua, quando foi alvejada com vários disparos de arma de fogo. Ela morreu no local.
Ainda segundo a policia, a morte de Dayana Deise pode ter sido mais um caso de feminicídio (crime cometido contra a mulher pelo fato de ser mulher) no Rio Grande do Norte, já que as primeiras informações apontam como suspeito o ex-marido da vítima.
O machismo mata todos os dias: Desde 2015, o feminicídio é tipificado como crime e quatro anos depois o número de vítimas não para de crescer. Em quatro anos, a taxa de assassinatos contra mulheres cresceu 33% no RN. Colocando o Rio Grande do Norte na 11ª posição entre os estados que mais ocorrem feminicídios no Brasil.
Entre janeiro e julho de 2019, 53 mulheres foram mortas, sendo 16 casos registrados como feminicídio. De acordo com estudo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em praticamente 80% dos casos as vítimas possuem algum tipo de vínculo com o agressor. São parentes, companheiros, amigos, com 96,3% dos casos, sendo os autores homens.
O discurso de ódio contra as mulheres, impulsionado pelo Governo Bolsonaro, assim como a redução de investimentos em políticas para mulheres, vem fazendo os números aumentarem cada vez mais. No RN existem apenas cinco Delegacias Especializadas da Mulher: duas em Natal, uma em Parnamirim, outra em Mossoró e em Caicó.
Não podemos nos calar, precisamos nos unir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher. Para denunciar, ligue: 180.
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