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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Huol realizou mutirão de cirurgias de fimose em ação de prevenção ao câncer de pênis

Segue sugestão de pauta sobre mutirão de cirurgias de fimose realizado no HUOL no último sábado (24), em ação de prevenção ao câncer de pênis. 

Atenciosamente,

Unidade de Comunicação Regional 6
Hospital Universitário Onofre Lopes 
huol-ufrn.ebserh.gov.br


 SUGESTÃO DE PAUTA

O QUÊ? Huol realizou mutirão de cirurgias de fimose em ação de prevenção ao câncer de pênis

QUEM? Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh) 

ONDE? Natal – RN 

QUANDO? 24 de fevereiro de 2024

FONTES? Chefe da Unidade de Transplante do Huol-UFRN, Dr. José Hipólito. Urologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), seccional Rio Grande do Norte, Dr. Pedro Sales.

Mãe de paciente, Tereza Cristina Soares

ASSESSORIA Chefe da Unidade de Comunicação Regional para o RN

João Pedrosa

(84) 3215-5991 / 5976 / (81) 99207 3920 | joao.pedrosa@ebserh.gov.br

PREVENÇÃO
Huol realizou mutirão de cirurgias de fimose em ação de prevenção 
ao câncer de pênis
A cirurgia retira excesso de pele e permite uma limpeza mais eficaz do órgão, combatendo, assim, o principal fator de risco da doença: higiene inadequada

Natal (RN) – Dez pacientes já regulados para o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foram beneficiados pelo Mutirão de Postectomia (cirurgia de fimose), neste sábado (24), realizado no centro cirúrgico do hospital. A ação foi direcionada a pacientes adultos e crianças para prevenção ao câncer de pênis.  

A ação foi organizada em todo país pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e suas seccionais, e parte de uma programação voltada para a conscientização e prevenção do câncer de pênis. Esta é a 4ª edição da campanha, cujo tema bem-humorado alerta: “Cuide, você só tem um!”.

“Essa ação do Hospital Universitário Onofre Lopes, da rede Ebserh, é uma ação conjunta com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), seccional Rio Grande do Norte, e visa divulgar o mês de fevereiro como a prevenção do câncer de pênis. Um dos principais fatores de câncer de pênis são homens que têm fimose, e por isso têm dificuldade de fazer higiene da glande, e com isso desenvolvem o câncer de pênis.  Essa ação visa divulgar essa informação da prevenção”, explica o chefe da Unidade de Transplante e do Serviço de Urologia do Huol-UFRN, José Hipólito.  

A postectomia é o procedimento cirúrgico que retira o excesso de pele do prepúcio, tornando a limpeza da glande mais eficaz, combatendo, assim, a principal causa do câncer de pênis: as más condições de higiene. “Os benefícios da cirurgia para pacientes que têm fimose, que não conseguem expor a glande, é que a circuncisão por facilitar a higiene ela evita o câncer de pênis, que é um câncer extremamente agressivo, também protege de doenças sexualmente transmissíveis, como HPV e HIV”, explicou José Hipólito.

A cirurgia tem uma média de duração em torno de 40 minutos. “Precisa do homem se conscientizar para fazer, porque é uma pequena cirurgia, para não deixar lá para trás, porque eu vi que tem pessoas de mais idade. É uma pequena cirurgia, mas que tem uma importância grande”, falou a mãe de paciente que foi beneficiado pelo mutirão de cirurgias, Tereza Cristina Soares. 

O urologista, José Hipólito, alerta ainda sobre a forma de prevenção do câncer de pênis. “A forma principal do câncer de pênis é a higiene diária do órgão genital masculino. Homens que tem fimose, que não conseguem expor a glande, são candidatos a realizar a circuncisão para evitar problemas futuros”, concluiu. 

O mutirão de cirurgias contou com a participação dos médicos urologistas Rafael Pauletti, Angelo Campos, Rafael Meduna, André Abrantes, Cesar Britto, Hiram Nobrega e Pedro Sales. E dos anestesistas Emiliana Gomes, Thiago Trigueiro, Ramon Santos e Hingrid Rodrigues. A ação teve o apoio do Departamento de Urologia do Huol, Liga Contra o Câncer, Laboratório Adium e Farmacêutica Zambon.

Câncer de pênis em números
Segundo o Ministério da Saúde, no período de 2012 a novembro de 2022, foram registrados no país 21.766 mil casos de câncer de pênis. Houve 6.456 mil amputações do órgão masculino de 2013 a 2023, com média anual de quase 600 amputações. De 2011 a 2021, a doença provocou mais de 4 mil mortes no Brasil.

“No Rio Grande do Norte, a gente tem uma média histórica, mais ou menos, entre 15 e 20 amputações de pênis por ano”, informou o urologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), seccional Rio Grande do Norte, Pedro Sales.

CONFIRA ABAIXO MAIS INFORMAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Câncer de pênis 
É um tipo raro de câncer, com maior incidência em homens que têm 50 anos ou mais, embora possa atingir também os mais jovens. A doença está associada à má higiene íntima, à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e a homens que não se submeteram à circuncisão, a remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis. No Brasil, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, representando 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens. 

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do tumor e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem. 

Sinais e sintomas
Os principais sinais e sintomas do câncer de pênis são feridas, úlcera persistente. Além desses sintomas, podem aparecer, também:

Tumoração na glande (cabeça do pênis);
Tumoração na pele que cobre a cabeça do pênis;
Tumoração no corpo do pênis;
Secreção branca (esmegma);
Aumento anormal do tecido da cabeça do pênis.
No surgimento de qualquer uma dessas manifestações clínicas, é fundamental procurar ajuda médica imediata para evitar possíveis complicações.
Diagnóstico 
O diagnóstico do câncer de pênis é feito, basicamente, por meio da biópsia incisional (retirada de um fragmento do tecido) de qualquer lesão peniana suspeita para se diferenciar as lesões malignas, assim como seus subtipos, das lesões pré-cancerosas e das benignas. A biópsia é feita após avaliação clínica do médico especialista. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis tem alta taxa de cura. No entanto, mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeiras lesões para buscar ajuda médica, o que pode provocar complicações da doença, permitindo que ela se espalhe para outras partes do corpo, o que aumenta as chances de morte.

Todas as lesões ou tumorações penianas, independentemente da presença de fimose (dificuldade ou incapacidade de exposição da glande, porque a pele que envolve o pênis possui um anel estreito), devem ser avaliadas por um médico, principalmente aquelas de evolução lenta e que não responderam aos tratamentos convencionais. Essas lesões deverão passar por biópsia para análise, quando será dado o diagnóstico final.
Prevenção 
Para prevenir o câncer de pênis, é necessário fazer a limpeza diária do órgão com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e a masturbação. É fundamental ensinar aos meninos desde cedo os hábitos de higiene íntima, que devem ser praticados todos os dias. A cirurgia de fimose (quando a pele do prepúcio é estreita ou pouco elástica e impede a exposição da cabeça do pênis, dificultando a limpeza adequada) é outro fator de prevenção. A operação é simples e rápida e não necessita de internação.

Também chamada de circuncisão, a cirurgia de fimose é normalmente realizada na infância. Tanto o homem circuncidado como o não-circuncidado reduzem as chances de desenvolver esse tipo de câncer se tiverem bons hábitos de higiene. A utilização do preservativo é imprescindível em qualquer relação sexual, já que a prática com diferentes parceiros sem o uso de camisinha aumenta o risco de desenvolver a doença. O preservativo diminui a chance de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV, por exemplo.

Condições básicas de higiene são fundamentais para o cuidado da saúde, seja em homens, mulheres, crianças ou adultos. O uso simples de água e sabão pode evitar diversas doenças, entre elas o câncer de pênis. 
Tratamento
O tratamento do câncer de pênis consiste basicamente na remoção cirúrgica da lesão primária peniana (penectomia parcial ou total) associada à linfadenectomia inguinal bilateral com intenção curativa. A cura é possível até mesmo nos casos de metástase inguinal. No entanto, o tratamento do câncer de pênis depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha).

Os principais tratamentos para câncer de pênis, que podem ser combinados ou não, conforme cada caso e com a devida recomendação médica, são:
Cirurgia;
Radioterapia;
Quimioterapia.
A radioterapia e a quimioterapia são indicadas nos casos de recidiva do câncer de pênis ou como tratamento paliativo nos casos que não são considerados cirúrgicos.
Sobre a Ebserh
O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Para mais informações à imprensa:
João Pedrosa
Chefe da Unidade de Comunicação Regional para o RN
Contato (84) 3215-5991 / 5976 / (81) 99207 3920 | joao.pedrosa@ebserh.gov.br

26/02/2024

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