O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira, 25, que o governo estuda meios para estimular que grupos pequenos e médios ocupem espaços no mercado de carnes e reduzam a concentração no setor. Maggi explicou que seu ministério já mapeia plantas industriais que estão fechadas para uma possível reativação. A informação vem depois da delação dos donos da JBS, a maior empresa de carnes do mundo, que provocou uma crise envolvendo o presidente Michel Temer.
"Sempre me preocupei, como ministro e produtor, com o tamanho que a JBS atingiu no Brasil e sempre fui um crítico do governo e do BNDES de ter proporcionado essa concentração. Vivemos um momento delicado, estamos fazendo um levantamento e vamos tentar estimular outros grupos a irem ao mercado", afirmou Maggi no seminário "A Força do Campo", organizado pelo banco Santander e pelo governo de Mato Grosso.
Nos últimos anos, impulsionado pela política do governo federal, nas gestões de Lula e Dilma, de criar grupos "campeões nacionais", a concentração no setor de carnes aumentou consideravelmente. Os dois principais frigoríficos brasileiros, JBS e Marfrig, receberam um grande empurrão do BNDES para fazer aquisições de empresas menores e provocar uma consolidação no setor. A política sempre recebeu muitas críticas de especialistas, por dar condições desiguais de crescimento para alguns grupos escolhidos pelo governo.
Segurança
O ministro, que retornou na última terça-feira de uma missão ao Oriente Médio, admitiu que os compradores estão preocupados com concentração do mercado de carnes em mãos de poucas empresas, o que pode gerar problemas de segurança alimentar caso haja problemas como o ocorrido com a JBS. "O Brasil precisa reavaliar isso." Já há problemas aparecendo, por exemplo, com os criadores de gado, que começam a temer vender seu produto para a JBS. O ministro não disse, no entanto, como poderia ser feito o incentivo a outros grupos para entrarem no mercado.
Maggi reafirmou, ainda, que houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca, e admitiu que outras investigações devem ocorrer. "A operação Carne Fraca continua e muito provavelmente teremos outras etapas. O ministério apoia a Polícia Federal e precisaremos estar muito atentos para não ter problemas de qualidade."
O ministro disse ainda que, com a crise recente e a dificuldade de o governo reagrupar a base no Congresso, "não há mais ambiente" para que o projeto de compra de terras por estrangeiros inicie tramitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
"Sempre me preocupei, como ministro e produtor, com o tamanho que a JBS atingiu no Brasil e sempre fui um crítico do governo e do BNDES de ter proporcionado essa concentração. Vivemos um momento delicado, estamos fazendo um levantamento e vamos tentar estimular outros grupos a irem ao mercado", afirmou Maggi no seminário "A Força do Campo", organizado pelo banco Santander e pelo governo de Mato Grosso.
Nos últimos anos, impulsionado pela política do governo federal, nas gestões de Lula e Dilma, de criar grupos "campeões nacionais", a concentração no setor de carnes aumentou consideravelmente. Os dois principais frigoríficos brasileiros, JBS e Marfrig, receberam um grande empurrão do BNDES para fazer aquisições de empresas menores e provocar uma consolidação no setor. A política sempre recebeu muitas críticas de especialistas, por dar condições desiguais de crescimento para alguns grupos escolhidos pelo governo.
Segurança
O ministro, que retornou na última terça-feira de uma missão ao Oriente Médio, admitiu que os compradores estão preocupados com concentração do mercado de carnes em mãos de poucas empresas, o que pode gerar problemas de segurança alimentar caso haja problemas como o ocorrido com a JBS. "O Brasil precisa reavaliar isso." Já há problemas aparecendo, por exemplo, com os criadores de gado, que começam a temer vender seu produto para a JBS. O ministro não disse, no entanto, como poderia ser feito o incentivo a outros grupos para entrarem no mercado.
Maggi reafirmou, ainda, que houve perda de confiança de clientes com a carne brasileira, após a Operação Carne Fraca, e admitiu que outras investigações devem ocorrer. "A operação Carne Fraca continua e muito provavelmente teremos outras etapas. O ministério apoia a Polícia Federal e precisaremos estar muito atentos para não ter problemas de qualidade."
O ministro disse ainda que, com a crise recente e a dificuldade de o governo reagrupar a base no Congresso, "não há mais ambiente" para que o projeto de compra de terras por estrangeiros inicie tramitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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